Provocaram
mal-estar no PT as declarações do secretário-geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, acerca das vaias e xingamentos recebidos pela
presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho,
no estádio Itaquerão, em São Paulo. As informações são de reportagem
desta sexta-feira do jornal O Estado de S. Paulo. Contrariando o
discurso adotado pelo partido – e pelo ex-presidente Lula –, Carvalho
afirmou que os xingamentos a Dilma não partiram somente da “elite
branca”.
No domingo, Lula aproveitou a convenção estadual do PT
para homologar a candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha (Saúde) ao
governo de São Paulo para conclamar militantes a fazer uma campanha
contra o "ódio da oposição e das elites" ao partido, à presidente Dilma e
ao prefeito paulistano Fernando Haddad – uma reação aos índices em
declive de aprovação de Dilma e ao desgaste do PT. Lula também disse que
a oposição tentou tirá-lo da Presidência por meio de golpe, em 2005,
auge do mensalão.
Em encontro com blogueiros alinhados, Carvalho
também adotou o discurso do ódio – mas atribuiu as vaias à falha do
partido em combater os “ataques da mídia”. Afirmou: “A coisa desceu.
Isso foi gotejando, de água mole em pedra dura, isso de que somos um
bando de aventureiros que veio aqui para se locupletar, essa história
pegou. Na elite, na classe média, e vai gotejando, vai descendo. Porque
não demos o combate, não conseguimos fazer o contraponto”.
Ao
reconhecer que a insatisfação com o governo atinge todas as classes
sociais, Carvalho irritou os companheiros. “Acho que a declaração do
ministro está fora de propósito, porque os fatos falam por si", afirmou
ao jornal o vice-presidente do PT José Guimarães (CE), irmão do
mensaleiro José Genoino, que endossou a tática de vincular os insultos à
parcela da sociedade.
Neste sábado, petistas farão um ato de
desagravo à presidente na convenção que vai oficializar a candidatura de
Dilma à reeleição. De acordo com a publicação, nos bastidores do
partido comenta-se que Carvalho cometeu “sincericídio” aso observar que
esta eleição será mais difícil para o PT. “Respeito muito a opinião do
Gilberto, mas discordo dele”, afirmou ao Estado Vicente Paulo da Silva,
Vicentinho, líder do PT na Câmara. “Quem estava lá não era o povo de
Itaquera. Era o povo que não representa nem mesmo a população de São
Paulo”.
POPULARIDADE
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira aponta queda na aprovação do governo Dilma Rousseff: entre março e junho deste ano, o número de entrevistados que avaliam o governo como ótimo ou bom cai de 36% para 31%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha 75% de aprovação ao final de seu segundo mandato. O porcentual daqueles que consideram o governo ruim ou péssimo passa de 27% para 36%. Já o índice da população que aprova a maneira de governar da presidente Dilma cai para 44%. Ao todo, 50% dos entrevistados desaprovam a maneira de Dilma governar.
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira aponta queda na aprovação do governo Dilma Rousseff: entre março e junho deste ano, o número de entrevistados que avaliam o governo como ótimo ou bom cai de 36% para 31%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha 75% de aprovação ao final de seu segundo mandato. O porcentual daqueles que consideram o governo ruim ou péssimo passa de 27% para 36%. Já o índice da população que aprova a maneira de governar da presidente Dilma cai para 44%. Ao todo, 50% dos entrevistados desaprovam a maneira de Dilma governar.
A confiança
na presidente também caiu: 52% não confiam na presidente, ante 47%
registrados em março. O levantamento constata que, quanto maior o grau
de instrução, menor o índice de aprovação ao governo. Entre os
entrevistados que têm até a quarta série do ensino fundamental, 44%
consideram o governo ótimo ou bom. Entre aqueles com ensino superior, o
índice cai a 22%.
180 Graus
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