Não dar o peixe, mas ensinar a pescar. A antiga filosofia cristã está
agora literalmente sendo posta em
prática no presídio de Segurança
Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, em Mangabeira, pelo Governo do
Estado. Coordenado pela Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado, o
projeto conta com a força de trabalho dos detentos, que agora vão passar
a produzir o peixe que irão consumir na cadeia. A produção, por outro
lado, também terá como alvo a merenda escolar dos estudantes da rede
estadual de ensino.
“É preciso destacar a importância no processo dos companheiros
Wallber Virgolino e a João Rosas (secretário estadual de Administração
Penitenciária e diretor do presídio, respectivamente) que nos ofereceram
a brilhante ideia, a qual abraçamos de pronto. Sua sensibilidade e
senso de cidadania e responsabilidade nos serviram de inspiração para a
construção dessa grande iniciativa”, fez questão de destacar, logo no
início de suas explicações, o secretário de Pesca e Aquicultura, Sales
Dantas.
Na primeira etapa do projeto, segundo contou Sales, os prisioneiros
dedicaram suor a construir o primeiro tanque de criação na instituição
prisional. Em uma segunda fase, concluída nesta quarta-feira (29), foram
enviadas pela secretaria cerca de 1 tonelada de ração de peixe para o
local, onde permanece armazenada.
“A próxima etapa será a mais importante do projeto: ensinar os
detentos a arte da aquicultura. A ideia não só institui a troca de seu
trabalho pelo que vão consumir na sua alimentação, como dá a eles a
oportunidade de aprender um novo ofício. Precisamos pensar nossos presos
a um longo prazo, pois todos um dia irão sair dali. E quando saírem, o
que irão oferecer à sociedade? Precisamos prepará-los para se tornarem
potenciais profissionais no futuro, e a piscicultura e aquicultura são
ótimas oportunidades”, enfatizou o auxiliar do Governo Estadual, que
trouxe outra ‘boa notícia’: “O que extrapolar o previsto para o consumo
interno será enviado às escolas do Estado para reforçar a merenda
escolar de nossas crianças. A intenção é baratear nossos custos com a
alimentação dos nosso pequenos estudantes, aumentando e melhorando sua
carga nutricional”.
Com o Blog do Tião Lucena
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